Eclâmpsia: A importância de monitorar a pressão na gravidez

Você vai ter que concordar comigo, o nome “eclâmpsia” é horrível, e mesmo sem saber por completo o que é, suas causas e consequências, todas nós sabemos que oferece muito risco à gravidez e já é o suficiente para não desejar nem para inimiga.

Mas uma coisa que aprendemos desde o início da nossa vida materna é que precisamos saber de tudo relacionado à nossa saúde e a dos nossos filhos, mesmo que seja triste, e a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são ocorrências que podem afetar mãe e bebê.

Se você pensa que essa situação está longe de você porque sua pressão normalmente é super baixa, saiba que ela pode ser desencadeada só na gravidez, e de forma silenciosa. Então, fique atenta.

A eclâmpsia é um tipo de convulsão que ocorre na gravidez, é muito séria e pode ter consequências fatais para mãe e bebê e atualmente ocorre em 2 a 3% das mulheres grávidas.

A gravidez monitorada no pré-natal

A causa da eclâmpsia é desconhecida, mas sabe-se que alguns fatores tornam uma mulher mais pré-disposta à eclâmpsia. São eles: Casos de pré-eclâmpsia em parentes diretos, gravidez medicamente assistida, doenças autoimunes, as idades reprodutivas extremas (muito nova ou mais velha), se a gravidez anterior teve sintomas de pré-eclâmpsia, se é o primeiro filho com o parceiro atual, se a mulher já é hipertensa, se está com sobrepeso ou obesa, fumantes e grávida de múltiplos.

Monitorando a gravidez no pré-natal, indícios como aumento repentino e grande de peso, pressão uterina e a presença de proteína na urina mediante teste laboratorial vão diagnosticar previamente a pré-eclâmpsia, que pode ser considerada precoce, intermédia ou tardia, de acordo com o tempo de gravidez.

A pré-eclâmpsia pode ocorrer mesmo sem pressão arterial elevada?

A resposta é sim. A pressão alta é o mais comum dos sintomas da pré-eclâmpsia, e isolada já é considerada um sintoma a ser acompanhado minunciosamente pelos médicos. Mas a pressão aumentada não é um sintoma que necessariamente precisa ocorrer para que o diagnóstico de pré-eclâmpsia seja dado.

Por isso é preciso ter muita atenção aos sinais do corpo, como a taquicardia, cansaço extremo, se a visão estiver embaçada com pontos pretos, dores de cabeça intensas, amnésia, convulsão ou dor abdominal que não esteja associada a movimentos do bebê.

Imagem: Pinterest
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Como evitar ou fazer o tratamento da pré-eclâmpsia?

Como não se sabe a causa, não é possível evitar a pré-eclâmpsia na gravidez, mas sim acompanhar seus índices de referência. Alguns estudos afirmam que a eclâmpsia se dá pelos vasos sanguíneos presentes na placenta serem deficitários em suas funções, terem crescimento e desenvolvimento incompletos. Dessa forma, a placenta não cresce da maneira correta, e a medição do PIGF (sigla em inglês para Fator de crescimento placentário) pode sugerir um diagnóstico antecipado e a sugestão do médico para o uso de um medicamento que estimule a produção da placenta.

Além disso, controle rigoroso da alimentação, repouso e controle da pressão também podem ser indicados como “tratamento”.

Um estudo publicado em 2009 sugere que os bebês que nasceram após suas mães terem tido quadros de pré-eclâmpsia tem 2 vezes mais chances de terem autismo ou problemas de desenvolvimento. Eles também podem nascer com baixo peso, pela placenta não fornecer os nutrientes necessários.

Isso reforça ainda mais a necessidade de conhecer nosso corpo e seus sinais, e também de acreditar que seu corpo e a mente devem ser preparados para a gestação. Leia este post sobre a perfeição do corpo humano, isso vai lhe fazer bem e deixará você mais confiante em seu corpo!

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