Vamos falar sobre amamentação? Semana do aleitamento materno!

Estamos na semana do aleitamento materno, então nada mais propício do que falarmos um pouco sobre os benefícios da amamentação!

Aqui em casa, minha filha Beatriz ainda mama no peito, ela já tem 1 ano e 1 mês… nos considero como vencedoras! Vencemos as dificuldades do início da amamentação como a dor, o medo, as fissuras e rachaduras, ela aprendeu a fazer a pega certa, a mamar sem dormir no peito, vencendo a cada dia! Hoje nossas dificuldades são outras, um dos nossos maiores desafios hoje é o preconceito, sim, porque ainda há muitoooo preconceito sobre a amamentação, principalmente a prolongada que é o nosso caso, ou seja, após os 6 meses que é quando se inicia a introdução alimentar aos bebês, eles não precisam mais exclusivamente do leite materno, e daí se forma o preconceito de que então não é mais necessário amamentar, que o leite não tem mais os nutrientes necessários e portanto não há mais motivos para prosseguir a amamentação. Isso não é verdade!!!

De fato, o leite materno não fornecerá mais TODOS os nutrientes necessários, que agora serão incorporados na alimentação do bebê através das papinhas e frutinhas, mas o leite materno ainda fornece:

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno deverá ser mantido em exclusivo até aos seis meses de idade, quando possível, seguido de amamentação complementar até aos dois anos. O leite materno contribui para a formação do sistema imunológico da criança e tem um efeito protetor a longo prazo contra a obesidade, algumas formas de alergia, linfoma, diabetes, doenças cardiovasculares e do aparelho digestivo.

Benefícios da amamentação para o bebê:

  • O leite materno possui um importante papel na imunidade dos bebês, pois contém células de defesa e fatores anti-infecciosos capazes de proteger o organismo do recém-nascido. “As infecções comuns dos primeiros seis meses, como a otite, afetam menos as crianças que são amamentadas”, diz a pediatra Natasha Slhessarenko, do Laboratório Pasteur, em Brasília;
  • Auxiliar no trato digestivo, a pediatra Ana Gabriela Pavanelli Roperto, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo explica que o leite materno contém enzimas já conhecidas pelo organismo da criança. “Os componentes do leite de vaca ou leites artificiais são estranhos para o bebê e, por isso, podem causar alergias intestinais e deficiência de ferro”, diz. “Crianças que mamam no peito podem inclusive ficar até oito dias sem evacuar, justamente porque todos os componentes do leite materno são aproveitamos pelo organismo, não havendo necessidade de evacuação.”
  • Um estudo publicado no European Respiratory Journal revelou que bebês alimentados exclusivamente com leite materno nos primeiros menos seis meses têm menos chances de desenvolver sintomas de asma na infância, como chiados no peito e catarro persistente. Outra pesquisa, desenvolvida pela Universidade de Southampton, na Inglaterra e pelas Universidades do Estado de Michigan e Carolina do Sul, nos Estados Unidos, descobriu que crianças que foram amamentadas por pelo menos quatro meses tinham um funcionamento melhor dos pulmões.
  • Fortalece os pulmões do bebê contra alergias, pois o esforço em sugar o leite ajuda no desenvolvimento dos mesmo. “Outros estudos mostram que as alergias começam no primeiro ano de vida, e quase sempre estão associadas à proteína do leite de vaca”, diz a pediatra Natasha. ‘O leite de vaca está associado a irritações no organismo no bebê, podendo levar ao surgimento dermatite, rinite, sinusite, bronquite asmática e amigdalite”
  • Combate a anemia, pois o leite materno possui muito mais de ferro e concentrações menores de cálcio, quando comparado ao leite de vaca. “O ferro presente nos outros leites não é suficiente para o bebê, sendo necessária a suplementação”, diz o obstetra Jurandir Piassi, especialista em Medicina Fetal do Lavoisier Medicina Diagnóstica. “Já o cálcio em abundância nos outros leites pode inibir a absorção de ferro, diminuindo ainda mais a presença desse nutriente no organismo do bebê e favorecendo a anemia ferropriva”, completa a pediatra Ana Gabriela declara que a presença de ferro no leite da mãe diminui com o tempo por um processo natural, como se o leite materno preparasse o bebê para a alimentação. A partir dos seis meses, é preciso introduzir alimentos ricos em ferro, como as carnes, na dieta da criança. “Como o bebê ainda não consegue mastigar direito, o melhor a fazer é colocar a carne na sopa e servir apenas o caldo, que possui os nutrientes da carne diluídos no cozimento.”
  • Ajuda no desenvolvimento cognitivo, um estudo feito com 12 mil bebês e publicado no The Journal of Pediatrics revelou que crianças amamentadas desenvolvem mais rapidamente o cérebro, apresentando melhor desempenho de vocabulário e raciocínio. A análise foi liderada por cientistas doInstitute for Social and Economic Research at the University of Essex, na Inglaterra. O pediatra Sylvio conta que a gordura presente no leite materno é constituída por ácidos graxos poli-insaturados, responsáveis por formar os neurônios da criança e favorecer as sinapses nervosas. “O desenvolvimento de cerca de 80% do cérebro acontece nos primeiros dois anos de vida, por isso a importância dessa gordura no leite da mãe”, diz. O especialista reforça a importância da alimentação da mãe para que a criança consiga todos esses nutrientes: “Se a mãe tiver uma dieta rica em peixes de água fria, como salmão e cavalinha, a criança irá obter mais gorduras por meio da amamentação e isso irá facilitar seu desenvolvimento cognitivo.”
  • Em relação aos prematuros, o leite materno ajuda no crescimento. Os bancos de leite existentes hoje no Brasil são basicamente para o desenvolvimento de bebês prematuros. “Quanto mais prematuro é o bebê, mais imaturo é o seu sistema digestivo e maior a probabilidade de desenvolver alergias”, diz pediatra Natasha. “Além disso, o prematuro precisa dos nutrientes do leite materno para desenvolver melhor todos os seus sistemas, mais imaturos do que deveriam.”

 Benefícios da amamentação para a mamãe:

  • Auxilia para que o útero volte ao seu tamanho normal, pois conforme o bebê mama, o movimento de sucção faz com o que o útero se contraia, retornando ao seu tamanho normal;
  • Aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas;
  • Protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário;
  • Estudo publicado na American Journal of Obstetrics revela que a amamentação reduz o risco de a mulher desenvolver síndrome metabólica (doenças cardíacas e diabetes) após a gravidez, inclusive para aquela que teve diabetes gestacional;
  • A amamentação dá às mães as sensações de bem-estar, de realização, e também ajuda a emagrecer, pois consome até 800 calorias por dia;
  • Protege a mãe contra doenças cardiovasculares, segundo estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Para a pesquisa, foram analisadas 140 mil mulheres no período pós-menopausa, ou seja, com média de 63 anos, e o resultado mostrou que aquelas que amamentaram por mais de um ano tiveram 10% menos risco;
  • Economia e praticidade, querendo ou não, a amamentação economiza recursos financeiros uma vez que não é necessário gastar com fórmulas infantis.E a praticidade porque você não precisa se preocupar em carregar mamadeira, leite em pó, água, etc… é só levar você mesma!

Uma das grandes causas da maioria das mulheres desistir da amamentação é a falta de informação, que faz com que elas não saibam lidar com as dificuldades que se apresentam. Portanto um dos grandes passos que podem ser dados para o sucesso da amamentação é buscar informação e ajuda, desde a gravidez e seguindo pelo pós-parto. Prepare-se tanto fisicamente, veja AQUI algumas dicas para isso, e também psicologicamente, no sentindo de ir trabalhando quais os desafios que serão enfrentados e de fato como lidar com eles.
Força lá e bóra amamentar, seu bebê e seu corpo agradecem!

Terminamos com uma fotinho nossa de 1 ano e 1 mês de amamentação! Tudooooo de bom!

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