imagem: Hemocord
Você sabia que crianças menores de 10 anos, idosos, pacientes psiquiátricos e alcoólatras são os mais vulneráveis quando o assunto é engasgo?
Em geral o engasgo por corpos estranhos é acidental. A incidência é de 45% de zero aos 10 anos, 12% dos 11 a 50 anos, e cai para 5% dos 51 aos 70 anos de idade. E também é mais frequente em homens (56% dos casos) do que em mulheres (44%).
Entre os responsáveis pelo engasgamento estão:
Entre as principais causas para os engasgos estão:
Dra. Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que em crianças os corpos estranhos mais comuns no caso de engasgos são as moedas (60% dos casos em crianças). Bolinha de gude, botão, baterias, alfinete, tampa de garrafa também fazem parte.
Em adultos, os corpos estranhos mais comuns em caso de engasgo são ossos/espinhas (de alimentos), dentaduras/próteses, fios metálicos (farpas ou cerdas).
Ossos/espinhas (40% dos casos) são os principais, seguidos das moedas (38%), bolos de carne (7%), dentadura (5%), tampas de garrafas (2%), baterias (1%).
“Os corpos estranhos quando ultrapassam o esôfago, em geral, passam sem intercorrências por todo trato digestivo em 70 a 80% dos casos e sairão pelas fezes. A área do pomo de Adão (região da cricofaringe) é o local da via digestiva em que mais comumente se alojam esses corpos estranhos (78% dos casos), seguido do esôfago em 18%. Base de língua, amígdala e seio piriforme respondem pelos demais locais”, explica a médica.
O diagnóstico pode ser feito por exame indireto da laringe ou por meio de Raio-X lateral do pescoço. O procedimento usado para remoção destes corpos estranhos é a endoscopia faringolaríngea (78% dos casos), seguida da esofagoscopia/endoscopia digestiva (18%).
Os principais sintomas são:
“No caso dos bebês/lactentes roncos estranhos, estridor laríngeo, ruídos laríngeos, associados ao choro, podem ser um sinal. Pigarro e rouquidão podem fazer parte do cortejo de sintomas. Em geral a criança refere dor e desconforto que se intensifica ao engolir. É difícil não perceber, a não ser que a criança esteja desacompanhada no momento do evento e já tenha passado para fase dois do engasgo”
Agora Dra. Jeanne explica as três fases do engasgamento:
Dra. Jeanne explica que nos casos leves (tosse) a conduta é colocar a criança na posição vertical e dar umas batidinhas nas costas com o intuito que o corpo estranho, seja alimento ou outro, seja expelido para fora ou siga seu caminho ao longo do tubo digestivo.
“Entretanto, se o corpo estranho não for expelido pela boca e ainda nos casos graves, quando a criança sufoca, tem dificuldade de respirar, começa a ficar arroxeada, é preciso levar o mais rápido possível à unidade de pronto atendimento médico mais próxima”, orienta a especialista.
Sintomas que não cedem e/ou se intensificam indicam necessidade urgente de levar o menor no pronto atendimento médico mais próximo. “Nada de ficar aguardando. Corpos estranhos faringo-esofágicos são duas vezes mais frequentes que os brônquicos. Em crianças, costumam ficar entalados no esôfago, já que possuem um diâmetro menor quando comparado aos adultos”, explica Dra. Jeanne.
Segundo a especialista da USP, sequelas tardias podem incluir fístulas no esôfago ou traqueia, e ocorrem especialmente quando se assume erroneamente que o corpo estranho foi expelido e este fica muito tempo impactado em algum ponto da via. Por isso, o ideal, é que a remoção seja realizada de 24 a 48 horas do ocorrido, para evitar o risco de complicações.
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