Será que tem ciência por trás do carrinho de bebê?

Dia desses vi a Fátima Bernardes citando no programa dela uma frase que ela havia recebido pelo whatsapp com a imagem de um ovo falando para um pão: “Não se preocupe Glúten, isso é só uma fase”. Eu adorei, porque é uma verdade. Alguns cientistas empenham seus inteligentes cérebros para provar que uma coisa que sempre comemos ou usamos é ruim, para alguns anos depois um outro cientista vir e provar o contrário.

É mais ou menos isso que acontece com o carrinho de bebê. “One Ride Forward, two steps back” foi a conclusão de um estudo publicado em 2009, mas ainda assim muito recente. A cientista M. Suzanne Zeedyk estudou a influência no desenvolvimento dos bebês a partir do tipo de carrinho de bebê que seus pais usavam, os que eram virados para frente, ou os que eram virados para os pais, e concluiu que aqueles que são virados para os pais, promovem mais interação e por consequência, maior desenvolvimento na fala, por exemplo.

carrinho de bebê frontal

carrinho de bebê para frente

No estudo, foi oferecido para 20 famílias com bebês pequenos, os dois modelos de carrinho de bebê, o de frente, que é mais recente e que oferece o bebê a oportunidade de “ver o mundo”, e o de voltado para quem o leva, que era um modelo mais antigo que víamos em filmes e fotos antigas. Não precisava de um estudo muito aprofundado para deduzir que os pais conversariam mais com os bebês que estavam de frente para eles, e também fariam o bebê sorrir mais vezes. Como o desenvolvimento da fala pode ser fortemente influenciado pelo tanto de vez que outras pessoas conversam com os bebês, ficou provado que um carrinho era melhor do que o outro neste aspecto.

Além da possibilidade de interação maior, o carrinho de bebê virado para quem o leva também permite que esta pessoa veja o que chama mais atenção do bebê e aproveite esta informação para estimulá-lo ainda mais, como um pássaro ou árvore. Diante dessas considerações, é preciso dizer que algumas fabricantes já oferecem as opções que ficam nas duas posições.

Um outro estudo afirma que os bebês devem ser deixados o menor tempo possível nos carrinhos, independente do modelo, pois isso não estimula seu desenvolvimento físico. Particularmente não conheço nenhum bebê que fique tanto tempo em um carrinho como esta pesquisa sugere, por isso acho meio absurdo. Mas por um outro lado, ela nos relembra da necessidade de sempre estimular e procurar ambientes que estimulem o bebê para seu desenvolvimento.

Dito isso, acho que se você vai escolher um carrinho de bebê voltado para frente ou para quem o empurra, tanto faz. Se você conversar com ele, parar e ficar ao lado dele para “ver o mundo” e interagir junto, dá na mesma. No final das contas, não devemos dar aos objetos a responsabilidade de estimular nossos filhos, e sim à nós mesmos. Falando de mãe para mãe, uma coisa que percebi revendo vídeos que fazia dos meus filhos é que o que eu julgava ser gestos e sons sem um sentido real, na verdade eram pensamentos e reações deles muito claras. Então, que seu bebê ainda não esteja interagindo muito, não duvide de que ele esteja sugando toda informação possível do mundo à sua volta. Não perca esta oportunidade!

E se você quer conhecer outros modelos de carrinho de bebê e como comprá-los barato, veja esse post com dicas para comprar carrinho de bebê barato.

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