Sobre a gravidez e os riscos da hipertensão

Você certamente se lembra de ter sua pressão aferida em algumas consultas médicas, independente de estar vivendo sua gravidez ou não. E com isso, você já deve ter ouvido que a pressão ideal é “12 por 8”, e também que não é certo falar “12 por 8” e sim, “120 por 80 mm Hg” porque a pressão arterial é medida por milímetros de mercúrio.

Se você sempre teve sua pressão normal, nunca se preocupou muito com ela. Mas durante seu pré-natal isso vai mudar e sua pressão vai ser medida em todas as consultas porque o risco da hipertensão na gravidez é crescente no Brasil e suas consequências podem ser devastadoras.

A pressão arterial durante a gravidez

Durante sua gestação, a importância do seu sangue aumenta consideravelmente. E por receber uma carga maior de responsabilidade, receberá ajuda da progesterona, um dos hormônios presentes e aumentados durante a gravidez.

Como a gestante precisa de mais sangue para transportar nutrientes para o bebê e também eliminar os descartes feitos por ele, a progesterona ajuda a aumentar o espaçamento e capacidade de transporte das veias, fazendo com que a pressão sanguínea abaixe progressivamente durante a gravidez, tendo seu pico inferior entre o quinto e o sexto mês, e somente regularizando no final da gestação ou pós-parto.

Então, de forma generalizada, a pressão sanguínea da grávida começa igual era antes, abaixa consideravelmente a partir do quinto mês e volta ao normal. Isso pode mudar considerando que vários outros aspectos influenciam na pressão da grávida, inclusive seu IMC – Índice de Massa Corporal.

Hipertensão, pré-eclâmpsia, eclâmpsia e Síndrome de Hellp

Como o pré-natal é cercado de

cuidados, a pressão arterial – PA será analisada na primeira consulta, e se for constatado que a gestante já possuía hipertensão, vários cuidados serão necessários para evitar complicações para a gestação, mãe e bebê, em alguns casos até o uso de medicamentos.

Se a hipertensão já é conhecida pela mulher, ela deve planejar sua gravidez considerando as orientações médicas de um cardiologista e de um obstetra. Mas se ela somente surgir na gravidez, chamada de DHEG – Doença Hipertensiva Específica da Gravidez, será considerado um estado de pré-eclâmpsia, aonde fica claro que se não houverem os cuidados necessários para a saúde da grávida, ela poderá ter uma eclâmpsia. É preciso ressaltar porém que a pré-eclâmpsia em si já é um grande fator de preocupação e pode afetar a gravidez.

A eclâmpsia pode levar a gestante ao coma ou à óbito, causando convulsões e sangramentos vaginais intensos. A Síndrome de Hellp pode mudar a composição do sangue da mulher grávida, causando efeitos graves nos rins e fígado. Com isso, medidas dramáticas de interrupção da gestação podem ser necessárias para não comprometer a vida da mulher nestes casos.

Existem algumas pré-disposições para a hipertensão e as consequências que ela pode causar, mas elas não são as únicas que vão definir se uma mulher terá ou não hipertensão durante a gravidez. Por isso, é preciso eliminar qualquer comportamento que favoreça o aparecimento da hipertensão, como uma dieta rica em sódio e fraca de nutrientes, ganho de peso fora do previsto, sedentarismo, tabagismo antes ou durante a gravidez e etc. Prepare seu corpo e o mantenha para poder usufruir a maternidade com saúde.

 

Amanda Gusmão

Mãe de dois meninos e de um blog, sou daquelas que tropeça e ri do próprio tombo. Mais normal que arroz com feijão, gosto de levantar a bandeira das "Sem bandeiras" na maternidade. Maternidade simples e divertida. Vamos lá?

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Amanda Gusmão

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