Teste do pezinho, entenda sua importância

Que mãe que não fica com o coração na mão ao ter que levar o bebezinho de alguns dias para fazer o bendito teste do pezinho?! Nessas horas a gente se pergunta se realmente é importante fazer o tal do teste… mas deixando de lado nossos sentimentos maternais, a resposta é SIM, é muito importante fazer esse teste e vamos entender melhor o porque.

É um exame feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê. Por que do calcanhar? Porque é uma região rica em vasos sanguíneos e portanto é possível extrair facilmente o sangue do bebê com apenas um furinho. O sangue é coletado em um papel filtro e levado para análise.

Deve ser coletado até o 7° dia de vida do bebê, não antes de 48 horas pois pode sofrer influência do metabolismo da mãe. As doenças a serem identificadas pelo exame não apresentam sintomas no nascimento e se não forem tratadas logo podem causar sérios danos a saúde do bebê.

O teste do pezinho básico é obrigatório por lei em todo o território nacional e inclusive em alguns municípios não é permitem que a criança seja registrada em cartório se não tiver feito o teste do pezinho antes.

Existem diferentes tipos de exames do pezinho. O teste básico é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), podendo ser feito em qualquer unidade de saúde. Alguns hospitais da rede privada disponibilizam versões mais completas do teste, que podem rastrear mais de 10 a 46 doenças mas estas versões são pagas.

O teste realizado pelo SUS permite identificar as seguintes doenças:

  • Anemia falciforme (é uma doença hereditária, e consiste quando a hemoglobina assume o formato de foice ou meia-lua, alterando o formato do glóbulo vermelho e com isso impedindo sua passagem por artérias e veias, dificultando a oxigenação do organismo e acaba por comprometer todos os orgãos
  • Fibrose cística (é quando há uma deficiência no transporte de cloro e sódio nas membranas celulares o que leva a produção de um muco grosso e pegajoso, e este muco pode entupir os pulmões e causar dificuldades respiratórias e proliferação de bactérias, também pode gerar insuficiência no pâncreas.);
  • Deficiência de biotinidase  (a incapacidade do organismo de reciclar a biotina, que é uma vitamina muito importante para o sistema nervoso, os sintomas são convulsões, alterações na coordenação motora, fraqueza muscular, queda de cabelos, lesões de pele e atraso no desenvolvimento. O tratamento precoce previne o surgimento dos sintomas);
  • Hiperplasia adrenal congênita (quando não há a produção suficiente dos hormônios cortisol e aldosterona e em contrapartida há produção excessiva de de hormônios andrógenos. Em meninas, esse aumento pode gerar características sexuais masculinas, como pelos e aumento do clitóris, e em meninos o aumento do pênis e surgimento precoce de pelos. Em ambos os sexos, pode causar perda exagerada de sais e aumento de potássio, levando até à morte);
  • Hipotiroidismo congênito (quando há uma baixa produção nos hormônios da glândula tireoide que é essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso causando deficiência intelectual e comprometimento do desenvolvimento físico);
  • Fenilcetonúria (é uma doença genética relacionada a uma enzima responsável pela quebra de um aminoácido presente em vários alimentos como carne, leite e ovos. Quando essa quebra não é realizada adequadamente esse aminoácido se acumula no organismo causando lesões graves no sistema nervoso central e acaba por comprometer o desenvolvimento neurológico da criança).

No teste do pezinho ampliado é possível detectar outras doenças como:

  • Galactosemia:
  • Toxoplasmose Congênita:
  • Aids:
  • Rubéola congênita:
  • Herpes congênita:
  • Doença do citomegalovírus congênita:
  • Doença de chagas congênita:

NÃO, deixe de realizar o teste do pezinho no seu filho pois a identificação precoce dessas doenças permite um tratamento mais efetivo.

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