Antes de vermos como criar crianças resilientes vamos começar do início. O que é Resiliência? Vejamos sua definição pelo dicionário:
Ou seja, é a capacidade que um corpo ou um indivíduo tem de retornar a sua forma original após ter sido submetido a mudanças. Que característica importante, essa não?! Afinal todos nós passamos ao longo da vida, por muitas mudanças, sejam emocionais ou físicas, o fato é que o processo de mudança está em nós intrinsicamente, e a grande questão está em como lidamos com elas, é exatamente isso que irá nos definir.
A característica da resiliência que trago aqui nesse post, é baseado na definição da psicologia sobre resiliência que é:
Aquela pessoa que, mesmo frente às dificuldades, consegue lidar com seus problemas e superar obstáculos.
Essa característica não é genética, embora pela personalidade algumas pessoas sejam mais propensas a serem resilientes do que outras, ela precisa ser trabalhada, lapidada em nossas vidas, desde pequenos.
Aprendermos e ensinarmos as crianças a capacidade de superar as dificuldades da vida, os obstáculos que se apresentam é vital para que se tornem adultos sadios e que possam contribuir para a sociedade em que vivem.
Viemos de uma geração aonde aprendemos a sermos frustrados, nossos pais nem sempre podiam nos dar tudo que queríamos, nem sempre podíamos ir aonde queríamos, nossas vontades não eram atendidas sempre que queríamos, aprender a receber o sim e o NÃO, e isso pode parecer que não, mas contribui para a nossa formação como pessoa, como membro de uma sociedade que nem sempre estará de acordo conosco, e quando isso acontecer, a gente muda, a gente supera, a gente cresce, se necessário for se reinventa, ao invés de se jogar no chão e espernear até ter nossa vontade atendida esse não é o mundo real.
Por isso dizer NÃO às crianças faz parte do desenvolvimento delas, nós como adultos responsáveis, devemos conduzi-las pelas situações de forma amável e compreensível, pois muitas situações por mas simples que sejam irão machucá-las, magoá-las, deixá-las tristes, então nossa parte será conversar com a criança, dizer que entende sua dor, compreender que ela está chateada, mostrar compaixão e empatia para com ela, e explicar o que houve, o que está acontecendo, ou o porque ela não irá ganhar tal coisa, ou ir em em tal lugar, e ajudá-la a passar por aquela frustração, mas não poupá-la de viver essa experiência, pois cada uma de suas frustrações estará contribuindo para seu crescimento e amadurecimento.
Empatia gera empatia, respeito gera respeito. Tá aí um princípio que precisa ser estabelecido desde cedo: se colocar no lugar do outro, perceber o “outro”, compreender que o mundo não gira apenas em torno de si e de seus desejos. Comece com atitudes práticas como separar roupas, brinquedos para doação, fazer visitas em orfanatos, asilos, participar de campanhas beneficentes, arrecadações, etc.
Engajar a criança, explicando e incentivando ela a olhar para o outro com empatia, e mostrando a ela que mesmo o seu “pouco” pode significar muito para aqueles que não possuem quase nada.
E nem precisamos ir tão longe, a solidariedade se dá em primeiro lugar com os mais próximos como amigos e familiares, se algum amigo ou familiar estiver doente, pode ser feito uma sopa, um doce, ou algum outro agrado para ser levado a ele, ou visitar um amigo que se machucou, existem inúmeras formas de mostrar solidariedade e empatia para com os mais próximos, ou seja, oferecer ajuda aqueles que precisam de nós, sendo alguém conhecido ou não, nos leva a deixar de lado as nossas necessidades em prol das necessidades de outra pessoa, isso ensinará a criança que existe um mundo muito além do seu, aonde ela pode ser util e fazer a diferença.
Em um mundo materialista, que a cada dia queremos mais e mais, ser grato pelo que temos tem sido um desafio, pois somos quase impulsionados diariamente em tudo que vemos e ouvimos a nossa volta, a nunca estarmos satisfeitos com o que temos ou somos. A gratidão começa com as pequenas coisas do dia a dia como: gratidão por termos o que comer, o que vestir, ter saúde, por termos uma casa, uma família.
Levar a criança a perceber a “riqueza” das coisas que tem, por exemplo dando importância para a família ao invés de roupas e brinquedos da moda.
Aproveite e confira:
Quando me refiro a elogios, estou me referindo à elogios construtivos, que se referem ao caráter da criança. Uma criança precisa ouvir o tempo todo que é amada, isso não significa passar o tempo todo enaltecendo a criança além do que de fato ela é ou fez. Exemplo, elogie seu empenho, mesmo que o trabalho não tenha ficado tão bom, o elogio é para o empenho dela, e isso a motivará a continuar tentando e melhorando.
O que é um ambiente seguro? Seguro no sentindo de proteção, de lar, de solidez, a criança precisa crescer em um ambiente aonde se sinta acolhida, amada, segura, com espaço para manifestar suas tristrezas, conquistas, alegrias, e perdas. Ser aceita como é, com falhas, defeitos, qualidades e virtudes.
Um lar aonde é amada, independente dos seu erros, ou do que pode ou não oferecer. Um lar seguro, gera crianças seguras, e crianças seguras se tornam adultos seguros. Adultos capazes de se auto-conhecerem, de aprenderem a ouvir, a respeitar, a perdoar, a superar os obstáculos, a se sentirem aceitos, a compreenderem que nem sempre estarão certos, nem sempre as coisas sairão como esperam mas mesmo assim podemos seguir em frente pois não é o fim do mundo.
A criança deixou cair um copo de água no chão. É só um copo de água, um ambiente seguro, permite a criança compreender que foi apenas um descuido, se pega um pano e se limpa a água esparramada, não há motivos para gritos, reclamações ou acusações como ” distraído”, “desatento”, “estabanado”, “desajeitado”, etc, claro que podemos conversar com a criança e averiguar o que levou ela a deixar cair o copo de água no chão, para evitarmos esse tipo de problema.
Mas não colocamos um peso maior do que se deve colocar nessa situação. Ela leva isso para a vida, por menor que seja, faz muita diferença, pois junto com outros fatores aprendidos ao longo da infância e juventude, ela irá entender que situações assim acontecem, e o mais importante é entender porque aconteceram para evitar que aconteçam de novo e solucionar o problema, sem problematizar a situação. Entendeu?!
Você gostou das dicas de como criar crianças resilientes?
Ficou com alguma dúvida sobre como criar crianças resilientes?
Vivemos em uma era digital, na qual as telas estão cada vez mais presente em…
Bem-vindos ao fascinante mundo da literatura infantojuvenil, onde cada página traz novas aventuras e aprendizados.…
Crianças amam experiências científicas, pois elas se deslumbram com os efeitos e reações inesperadas do…
Existem alguns assuntos que são difíceis de explicar, de conversar ou de entender o que…
Conseguir conciliar o lado empreendedora e o materno é o desafio de muitas mães. Para…
Expor fotos de família é uma forma maravilhosa de preservar memórias e partilhar momentos especiais…