Obesidade infantil reduz significativamente a expectativa de vida das crianças

Contra fatos não existem argumentos, as taxas de obesidade estão aumentando em todo o mundo e uma das principais causas é o sedentarismo infantil. Pais e responsáveis precisam estar atentos, pois a obesidade afeta, não apenas a autoestima, mas reduz significativamente a expectativa de vida, afirmam os especialistas. Prejudicando principalmente, a qualidade de vida das crianças e favorecendo o cenário para o desenvolvimento de doenças crônicas. 

É necessário que haja um esforço de toda a família e o ciclo social que cercam as crianças, pois os maus hábitos são como sementes para a obesidade. O uso excessivo de dispositivos móveis são incentivos para que as crianças fiquem muito tempo sentadas, além do consumo de alimentos de alta calorias. 

Quanto mais tempo as crianças e adolescentes focam nos aparelhos eletrônicos, maior o tempo parado esse comportamento associado  aos alimentos processados que consomem, fazem a obesidade infantil se expandir a cada ano. Isso significa que uma criança obesa tem maior propenção de se tornar um adolescente ou um adulto obeso.

Infelizmente o cenário de crise na saúde mundial, em especial devido a pandemia, colaborou para que os índices de obesidade em todo mundo crescessem. A revista científica The Lancet publicou um relatório sobre o governo do Reino Unido apontando que em 2021 foi registrado a maior taxa de obesidade entre crianças e adolescentes desde o primeiro levantamento, feito a 15 anos atrás.

O alto índice de obesidade registrado antes da pandemia mostraram que realmente houve uma crescente tendência, notável, e preocupante no aumento de peso acima do comum.

Isso significa que neste curto período, ocorreu entre as crianças, um repentino crescimento nas taxas de sobrepeso e obesidade em todo o mundo. Dados estimam que mais de 50% das crianças serão obesas aos 35 anos.

Por exemplo, em 1988, cerca de 23% da população americana era obesa; os números saltaram para 35%, e as atuais projeções apontam que o gráfico continuará a atingir novos picos. Nos últimos anos a obesidade mais que dobrou entre as crianças e mais que quadruplicou entre os adolescentes. As notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, apontaram que 16,33% das crianças brasileiras de cinco a dez anos estão com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grau III e IV. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos; e 3,98% têm obesidade grave.

obesidade infantil
Obesidade infantil

Lembrando que as taxas de sobrepeso em nosso país são o dobro das taxas de obesidade. Apesar do excesso de peso ser mais comum entre o público masculino, em 2018, as mulheres tiveram um índice ligeiramente maior, com 20,7%, em relação aos homens,18,7%.

A preocupação de alguns gestores e especialistas preveem que, pela primeira vez na história da humanidade, os nossos filhos correm o risco de viver em média menos do que seus pais, devido aos maus hábitos que geram obesidade.

Importante que haja uma conscientização de pais, pois o sedentarismo infantil pode levar a doenças cardiovasculares, ansiedade, depressão, infarto do miocárdio, obesidade, artrose, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, ansiedade, aumento do colesterol. 

Caso seu filho esteja com sobrepeso ou obesidade, procure um pediatra e nutrólogo, invista não apenas em uma dieta, mas no processo de reeducação alimentar. Invista em hábitos saudáveis, faça exercícios físicos, evite alimentos ricos em açúcar e gordurosos, até mesmo atividade maternal, não importa a idade esteja atento ao Índice de Massa Corporal (IMC) do seu filho.

Os especialistas indicam que caminhada, ou corrida ao mínimo 3 vezes por semana ou alguns quilômetros diariamente, podem ser significativos na mudança de qualidade de vida. Invista na natação, procure deixar os dispositivos eletrônicos um pouco de lado e desafiar a família, por exemplo, a caminhar 10.000 passos por dia.

Dica: Desafie a criança, a começar com uma tarefa de caminhada a oito quilômetros por dia, se conseguir esta meta, isso se traduzirá em 150 minutos de exercícios aeróbicos leves a moderados por semana.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as crianças devam se exercitar cerca de 60 minutos por dia. O melhor caminho é promover movimento, alguns especialistas acreditam que ficar sentado é o novo hábito de fumar. Então, é hora de se levantar e mover-se!

Conclusão: A meta principal é manter o IMC dentro da faixa normal e preferencialmente para cada faixa etária. Verifique o Índice de Massa Corpórea do seu filho a cada duas vezes por ano. Questione o pediatra ou nutricionista e verifique o IMC. Trace-o em um gráfico, evite junk food (comida não saudável) e faça exercícios físicos. Evite as grandes fontes de calorias, bebidas açucaradas e os alimentos processados ​​ou ultraprocessados. 

Fique de olho em seus filhos, analise se o que estão comendo faz bem, incentive passeios, e mova-se, atenção às bebidas, motive hábitos saudáveis entre familiares e comece a se exercitar.

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