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Burnout materno: o que é, como identificar e tratar

Sabemos que ser mãe é uma carga física e mental muito pesada, e que muitas vezes ultrapassa o limite físico e a saúde mental das mulheres, que tentam equilibrar os seus interesses, trabalho, relacionamento junto à maternidade. 

Com tantas responsabilidades e cobranças impostas pela sociedade, sentimentos como o de fracasso, medo, tristeza contínua e extremo cansaço podem surgir, dando os primeiros sinais do burnout materno. 

A seguir, iremos falar mais sobre o que é o burnout materno, como identificá-lo e tratá-lo de maneira efetiva. 

Burnout materno: o que é, como identificar e tratar

O que é o burnout materno?

Antes de tudo, vamos falar sobre o que é o burnout materno e como identificá-lo em meio ao dia a dia materno. 

A expressão burnout vem do inglês, que traduzido significa “queimar por inteiro”. 

Pensando nessa tradução, é possível dizer que o burnout é um estado de estresse ou cansaço extremo, que leva a pessoa a um quadro de adoecimento mental extremo, tamanho o seu impacto na vida pessoal e profissional que a doença consta no Grupo V da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). 

Inclusive, a doença é classificada pelo CID-10 como uma espécie de doença ocupacional, onde o paciente está sofrendo um quadro de estresse crônico causado pelo trabalho mal administrado. 

Conhecendo o conceito, podemos conceituar o burnout materno como o quadro de estresse crônico causado pelos longos períodos de cuidado que a maternidade exige, tal como o acúmulo de obrigações que a mãe carrega consigo. 

Não é à toa que muitas mães passam pelo quadro de burnout materno, já que além da maternidade, a mulher ainda lida com inúmeras questões, como por exemplo, as suas mudanças internas, preocupações, e até mesmo a jornada tripla de trabalho. 

Além disso, as mulheres que já passaram pela maternidade relatam que questionamentos como: quem sou eu agora que sou mãe? Ainda sou a mesma pessoa? Serei capaz de trabalhar fora? 

Assim, com a preocupação com a sobrecarga de preocupações, emoções e estresse provenientes da maternidade, o burnout materno pode acometer a mulher, independente da sua idade, status, profissão e quantidade de filhos. 

Sintomas do burnout materno

Comumente, os sintomas do burnout estão diretamente relacionados com a sensação de cansaço extremo, estresse e esgotamento físico. 

No caso do burnout materno, os sintomas vão um pouco além disso, se apresentando da seguinte forma: 

  • Sensação de culpa constante;
  • Estresse ao pensar nos afazeres, principalmente pela falta de tempo;
  • Pessimismo em excesso;
  • Exaustão, mesmo tendo dormido ou descansado;
  • Sentimentos de impotência e de fracasso dentro da família e da maternidade;
  • Irritabilidade;
  • Falta de interesse ao cuidar do filho;
  • Baixa estima, que pode causar a despersonificação da mulher, alimentando pensamentos como “não sou eu mesma” ou “já não me reconheço mais”;
  • Tristeza constante
  • Medo do futuro e insegurança.

Perceba que todos os sintomas são bastante comuns à maternidade, principalmente devido às enormes mudanças que ocorrem na vida da mulher. Porém, a diferença entre estes sintomas e o burnout maternidade é a frequência e a intensidade com que eles aparecem. 

Diagnóstico e tratamento

O primeiro passo para o diagnóstico do burnout materno é observar os sintomas listados acima, e caso você note que esses sintomas são frequentes e em grande intensidade, você deve procurar um psicólogo, para que o diagnóstico seja feito de maneira precisa. 

Diagnosticado o quadro, é o momento de iniciar o seu tratamento, seja junto ao psicólogo ou ao psiquiatra, que podem ser acionados tanto pela rede pública de saúde quanto pelo plano de saúde.

Nesse caso, se tiver um convênio médico, você deve verificar com um profissional como pode ser encaminhada a um psicólogo ou especialista e verificar o melhor tratamento dentro das coberturas do seu plano de saúde, que devem estar de acordo com o rol taxativo da ANS, mas podem incluir procedimentos extras, conforme decisão de cada operadora.

Caso não tenha um plano, deve buscar ajuda no posto de saúde mais próximo de sua residência, para que também consiga um encaminhamento para tratamento profissional.

Nos dois casos, o procedimento é o mesmo e deve ser feito o quanto antes. O que pode mudar é o tempo que conseguirá iniciar o tratamento, mas isso vai depender de cada caso.

De qualquer forma, o passo mais importante é procurar ajuda profissional e não desistir do processo terapêutico, pois o burnout materno pode ser tratado, trazendo uma melhor qualidade de vida para você, e consequentemente, para a sua família. 

Texto: Jeniffer Elaina

Gisele Cirolini

Mãe de duas meninas. Apaixonada por livros. Simplificando o dia a dia. Fundadora do Sou Mãe.  Baby Planner certificada internacionalmente pelo IMPI e Marketing Digital pela Udacity.

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Gisele Cirolini

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