Puerpério: O que muda no sexo durante essa fase?

O que é puerpério? Puerpério é o período logo após o nascimento do bebê. Nesta fase, um dos hormônios predominante no organismo materno é a prolactina (PRL), cuja função é de iniciar e manter a amamentação.

A prolactina tem um papel fundamental na diferenciação das células da glândula mamária, controlando o processo bioquímico envolvido na produção do leite. Fora do período de amamentação, a concentração de PRL no organismo feminino é muito baixa. 

Mas a prolactina, em grande quantidade, inibe o eixo hormonal responsável pela ovulação (para que não ocorra nova gestação nesse período) e, consequentemente, inibe a produção dos hormônios femininos estrogênio e progesterona. 

O que isso causa na mulher no puerpério?

Falta de lubrificação e libido:

O estrogênio é o principal responsável pela manutenção do trofismo (função do organismo vinculada à nutrição, ao desenvolvimento e à conservação de um tecido) e da lubrificação vaginal. Nessa fase do puerpério, devido à falta de estrogênio, a mulher pode sentir a vagina mais seca, ocasionando assim maior dificuldade em ter relações sexuais devido ao incômodo e a dor que podem surgir durante a penetração. A PRL aumentada também pode causar diminuição da libido em algumas mulheres. 

Desconforto no períneo:

Quando o bebê nasce de parto normal, o trauma perineal ou a cicatrização da episiotomia (incisão efetuada na região do períneo – área muscular entre a vagina e o ânus – para ampliar o canal de parto) também podem resultar na dificuldade da penetração por causa de dor ou mesmo por receio em machucar o local em processo de cicatrização. 

Uma pesquisa britânica publicada em 2018 apontou que cerca de 47% das mulheres e 43% dos homens acham que seus relacionamentos íntimos pioraram depois do nascimentos dos filhos. De acordo com esse estudo, o desejo sexual diminui em 61% das mulheres e em 30% dos homens depois de colocar filhos no mundo. A frequência de relações sexuais dos casais também diminuiu em 47%. 


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Depressão pós-parto:

O quadro mais leve e transitório de depressão, conhecido como “baby blues”, chega a acontecer com 60% das mulheres no pós-parto.

Os sintomas, como:

  • tristeza;
  • choro fácil;
  • oscilações emocionais;
  • desânimo.

Esses sintomas são sentidos nos primeiros dias, logo após o parto. Já quando existe a depressão pós-parto, ela ocorre nas primeiras 4 a 6 semanas após o nascimento do bebê, é bem mais grave, e pode surgir até mesmo antes do parto, no final da gestação.

Os sintomas são similares aos da depressão comum, como:

  • tristeza, apatia, ideias de culpa, insônia e até desinteresse pelo bebê.

Obviamente que a área sexual também é afetada. Essa dificuldade pode causar medo e ansiedade na mulher na hora de ter relações sexuais.

Vale lembrar que esta é uma fase normal para a grande maioria das mulheres, mas, mesmo assim, é sempre importante buscar apoio médico para ajudar a encontrar soluções, evitando assim problemas na vida íntima do casal.

O ideal é procurar seu ginecologista para receber orientações sobre o quadro e qual a melhor forma de proceder diante dessa situação.

No caso da depressão pós-parto, o tratamento pode incluir medicação antidepressiva, mas sempre com orientação médica, principalmente se a mãe estiver amamentando o bebê.

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